Constituição Interna pela Aliança e Lei - A aliança do Sinai
Deus desce ao homem para santificá-lo e dar-lhe a sua Lei. Aqui está o verdadeiro nascimento de Israel como povo. E aconteceu no mesmo monte onde Deus revelou seu nome.
Depois da surpreendente e excepcional libertação da escravidão, Deus conduz seu povo para o monte Sinai para estabelecer com ele a sua aliança de amor. Deus veio preparando o povo para este momento sublime: fez uma aliança com Adão, com Noé, depois do dilúvio e depois com Abraão. No Sinai, através de Moisés, Deus sela a Aliança com os filhos de Israel como povo.
É Deus mesmo que vem em busca do ser humano. É Deus quem ama primeiro. Ao homem cabe dar uma resposta a este amor incondicional. Os capítulos 19-34 do livro do Êxodo narram o acontecimento mais transcendental da história da salvação. Deus desce ao homem para santificá-lo e dar-lhe a sua Lei. Aqui está o verdadeiro nascimento de Israel como povo. E aconteceu no mesmo monte onde Deus revelou seu nome.
As cláusulas da aliança
“Eu serei teu Deus. Tu serás meu povo”. Nesta frase está a síntese do compromisso das duas partes no pacto (aliança). Deus será sempre fiel, mas Israel nem sempre. Israel será o único povo de Deus entre os povos: “... sereis para mim a porção escolhida entre todos os povos” (Ex 19,5-6). Do mesmo modo, Israel deverá ter apenas o Senhor como seu Deus, pois fora ele não há Deus: “Ouve, Israel! O Senhor nosso é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as duas forças... não seguirás outros deuses, dentre os deuses dos povos vizinhos, porque o Senhor teu Deus, que mora no meio de ti, é um Deus ciumento” (Dt 6,4-9.14).
Deus, prevendo a fraqueza do povo, acrescenta mais uma cláusula:
“se então o povo sobre o qual for invocado o meu nome se humilhar, orar, me procurar e se converter de sua má conduta, eu escutarei do céu, lhe perdoarei o pecado e restituirei a saúde à terra” (2Cr 7,14; Ex 34,6-7).